Ambos esses procedimentos são diferentes, porém complementares, e realizados juntos. Sendo assim, um depende do outro para o diagnóstico correto de uma lesão suspeita de câncer de pele.
Tanto a dermatoscopia digital, quanto o mapeamento corporal total compõem um exame que visa o armazenamento de imagens macroscópicas e dermatoscópicas dos sinais ou pintas (lesões melanocíticas). Para isso, é utilizado uma tecnologia com software específico, que permite gerar e guardar centenas de imagens de diferentes sinais de pele para compará-los ao longo do tempo.
Nesse exame, são realizadas fotos em posições padronizadas de toda a pele do paciente. Por isso, o chamamos de mapeamento corporal total. São feitas, também, imagens dermatoscópicas em aumento das lesões a serem acompanhadas, por isso o chamamos de dermatoscopia digital.
O exame é indicado principalmente para pacientes com alto risco de desenvolvimento de melanoma cutâneo, como os que apresentam multiplos nevos (mais de 50 nevos), nevos atípicos (displásicos) e antecedente pessoal e/ou familiar de melanoma.
A exploração com dermatoscopia digital permite um diagnóstico precoce mais preciso das lesões malignas da pele, além de evitar biópsias desnecessárias de lesões benignas. Assim, as lesões estáveis no seguimento e que não apresentam critérios clínicos ou específicos de malignidade, na maioria dos casos, não necessitam remoção, evitando cicatrizes e procedimentos desnecessários.
O seguimento dermatoscópico ao longo do tempo permite a detecção de lesões malignas que apresentem alterações incipientes na dermatoscopia ou identificar o surgimento de novas lesões no paciente.
Além disso, auxilia no diagnóstico diferencial com lesões não melanocíticas benignas ou malignas da pele, como por exemplo carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, ceratose seborréica, dermatofibroma e hemangioma.